17 Jun 2016 | HRS

Frio e efeito-calendário melhoram vendas a prazo na 1ª quinzena de junho, informa Associação Comercial de SP


São Paulo, 16 de junho de 2016. O Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) referente à primeira quinzena de junho registrou aumento de 2,1% no movimento das vendas a prazo na capital paulista, sobre o mesmo período de 2015.

Uma das explicações é o dia útil a mais no período em questão, em 2016. A outra é o registro de baixas temperaturas, impulsionando a comercialização de produtos parcelados como aquecedores, chuveiros e torneiras elétricas.

“Esse saldo positivo é pontual e não sinaliza melhora estrutural do varejo: a tendência ainda é de queda, por fatores que tem se agravado, como o desemprego em alta e o retorno da massa salarial a patamares de três anos atrás”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Ele lembra que a confiança do consumidor deu sinais de ligeira estabilidade, mas está longe de ser retomada. “Por enquanto, não há nenhum fator para vislumbrarmos melhoras efetivas daqui para a frente, pelo menos no curto prazo. É um período de extrema dificuldade: essa é a realidade. Mas confiamos que as próximas medidas econômicas abrirão caminho para a retomada a médio e longo prazos”, avalia Burti.

Em 2015, as vendas a prazo no período já haviam caído 6,9% no confronto com 2014, o que enfraqueceu a base de 2015 e contribuiu para o saldo positivo.

Na contramão, as vendas à vista caíram 5,9% na quinzena, frente ao mesmo período de 2015. Isso significa que nem o dia útil a mais nem o frio foram suficientes para melhorar o desempenho dos itens de menor valor.

Foi observada, contudo, melhora nas vendas de blusas, luvas, botas, calçados, edredons, mantas, garrafas térmicas e outros produtos relacionados com o inverno. 

Comparação mensal

Contrastando-se com a primeira quinzena de maio, houve crescimento tanto nas vendas a prazo (+19,6%) quanto à vista (+17,4%), também em decorrência do frio acentuado e do efeito-calendário (a primeira quinzena de junho também teve um dia útil a mais sobre maio).

Um aspecto importante é que o impacto do Dia dos Namorados foi pouco significativo para os resultados da quinzena de junho, já que a quinzena de maio contou com o Dia das Mães - data de maior peso para o comércio.

 

Fonte: Associação Comercial de São Paulo

Voltar