27 Mar 2019 | HRS

Análise: setor de serviços e pequenas empresas sustentam crescimento da carteira de crédito para empresas


As estatísticas de crédito de fevereiro, divulgadas hoje pelo Banco Central, não alteram o diagnóstico que vem sendo apontado pela equipe econômica da Boa Vista em suas análises: inadimplência relativamente estável na margem, próxima aos menores patamares da série histórica, e retomada das concessões.

Nos primeiros meses de 2019, merece destaque, em particular, a retomada do crescimento da carteira de crédito total para as empresas, que registrou queda de meados de 2016 até o final de 2018. Após recuo de 0,9% em outubro, ela ficou estável em novembro e cresceu 1,3% em dezembro, 1% em janeiro e 1,4% em fevereiro – sempre na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Ainda que tímida, é verdade, a expansão da carteira de crédito total para as pessoas jurídicas vem sendo puxada pelo setor de serviços, quando é considerada a segmentação por atividade econômica, e pelo segmento de micro, pequenas e médias empresas (MPMe), quando se faz a análise por porte.

“A demanda por crédito está bastante associada à situação financeira do setor. Ainda que a retomada da economia, de maneira geral, esteja ocorrendo a um ritmo aquém do desejado, com sinais cada vez mais evidentes de desaceleração, há forte discrepância entre os diversos segmentos de atividade. No comércio, por exemplo, a expansão das vendas, ainda que lenta, somada ao surgimento de novas soluções de crédito, tem viabilizado o aumento das operações para o segmento. Na indústria, por outro lado, onde os sinais de desaceleração são mais evidentes e ainda existe muita capacidade ociosa, a carteira de crédito registra recuo”, argumentam os economistas.

Dentro do próprio comércio também são observadas discrepâncias. Enquanto a carteira do comércio varejista cresceu apenas 3,6%, a do setor atacadista aumentou 7,4%, o que parece associado ao desempenho dos setores. “No varejo alimentício, por exemplo, os chamados ‘atacarejos’ vêm registrando crescimento muito superior ao dos supermercados”, exemplifica a equipe econômica da Boa Vista.

Leia aqui a matéria na íntegra.

 

 

Via Boa Vista SCPC

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