01 Nov 2017 | HRS

Alta no índice de confiança da ACSP indica que Natal pode não ser de lembrancinhas


O Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou 73 pontos em outubro – dois a mais do que em setembro e o terceiro maior valor deste ano. O grande destaque foi o crescimento na confiança entre os consumidores da classe A/B, cujo índice saltou de 64 para 71 pontos. “Por ser a classe que tem o maior poder aquisitivo, ela pode impulsionar as vendas de ​final de ano, já que esses consumidores compram itens de maior valor”, comenta Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).

Nos outros grupos socioeconômicos analisados pela pesquisa, a confiança da classe C manteve-se praticamente estável, caindo de 73 para 72 pontos, e a da classe D/E subiu de 67 para 70, também dentro da margem de erro. “Isso também é um bom sinal, pois indica que o consumidor, de forma geral - em especial a classe C, que representa o maior volume em consumo - não está tão receoso quando o assunto é compra”, diz Burti.

Desde julho de 2015, quando o INC ficou abaixo de 100 pontos pela primeira vez, o indicador não conseguiu retornar ao campo positivo.

Regiões

Das quatro regiões medidas pelo INC, a Sul foi a que registrou maior crescimento na confiança: saiu de 83 pontos em setembro para 94 em outubro. A explicação está nas chuvas que chegaram à região e nas boas perspectivas com a safra.

Já as regiões Norte/Centro-Oeste (de 72 para 74) e Nordeste (de 66 para 68) tiveram elevação de dois pontos.

No Sudeste, a confiança manteve-se em 68 pontos, mas o Estado de São Paulo sobressaiu-se à media, com a confiança do consumidor paulista saltando de 60 para 68 pontos. “A elevação foi grande, mas São Paulo estava num pessimismo muito acentuado e agora fica no mesmo patamar do restante da região”, comenta Burti.

Emprego

Os indicadores de emprego, consumo e situação financeira do INC mantiveram-se estáveis de um mês para o outro, com exceção do número de conhecidos desempregados. Em setembro, cada brasileiro disse conhecer, em média, 5,64 pessoas que perderam o emprego nos últimos seis meses. Em outubro, porém, essa média caiu para 5,21, em sintonia com os números oficiais de ocupação e desocupação.

Em contrapartida, o percentual dos consumidores que afirmam se sentir inseguros em seus empregos continua alto: 64% em outubro contra 62 em setembro. “É um paradoxo. Demora um pouco até que a pessoa se sinta realmente segura”, diz Burti.

Histórico INC em 2017

Janeiro: 77
Fevereiro: 74
Março: 71
Abril: 66
Maio: 68
Junho: 68
Julho: 63
Agosto: 64
Setembro: 71
Outubro: 73

 

Veja pesquisa completa:

https://mkt.acspservicos.com.br/digital/imprensa/ACSP_INC_Onda151_outubro2017

 

O índice

Encomendado pela ACSP ao Instituto Ipsos desde 2005, o INC tem margem de erro de três pontos e é elaborado a partir de entrevistas pessoais e domiciliares em todas as regiões brasileiras, com base em amostra probabilística e representativa da população brasileira de áreas urbanas de acordo com dados oficiais do IBGE (Censo 2010 e PNAD 2014). Trata-se de uma medida da extensão de confiança e segurança do brasileiro quanto à sua situação financeira ao longo do tempo. Além de indicar a percepção do estado da economia para a população em geral, o índice visa a prever o comportamento do consumidor no mercado.

A pesquisa foi feita entre os dias 1º e 15 de outubro em todas as regiões brasileiras. O índice varia de zero a 200 pontos, sendo o intervalo de zero a 100 o campo do pessimismo e, o de 100 a 200, o do otimismo.

 

Fonte: ACSP

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