12 Jun 2018 | HRS

Artigo: Como os pequenos podem ganhar o mundo


Italo Rufino | Diário do Comércio. Fundada em 2008, a Der Metropol, confecção de moda masculina, desenvolve peças que misturam elementos de alfaiataria num estilo urbano e esportivo, cheio de estampas coloridas. A pequena empresa já participou de eventos de negócios em Londres, Paris e Veneza, onde seu fundador, Mario Francisco negociou com empresários e firmou contrato para fornecer para lojas italianas.

Há um ano, Francisco está capitaneando um processo de renovação da marca e o foco em exportação continua no radar do estilista empreendedor, um dos participantes do Exporta Zona Sul, evento realizado na última quarta-feira (6/06), na Distrital Sul da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Organizado pela ACSP em parceria com o CECIEx (Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras) e o Sebrae-SP, o encontrou serviu para orientar empreendedores a preparar suas empresas para vender mundo afora. “Exportar é uma estratégia de trabalho continuo que não pode ser requisitada apenas em momentos de crise”, diz Rita Campagnoli, presidente do CECIEx e membro do Conselho Deliberativo da ACSP.

Nos últimos anos, com a queda no consumo interno, muitas empresas buscaram o mercado internacional como fonte de receita. Em 2016, a balança comercial brasileira bateu recorde de superávit e as exportações somaram US$ 185,2 bilhões.

No ano passado, de acordo com a Organização Mundial do Comércio, a exportação brasileira cresceu acima da média mundial. Houve avanço de 17,5%. O resultado levou à ampliação da participação brasileira nas vendas mundiais para 1,23% do total, contra 1,16% em 2016. 

 

Para sair da estaca zero

Para conseguir manter uma agenda de vendas, um dos primeiros passos  pode ser realizar um diagnóstico online no site do Sebrae. São 25 perguntas sobre a gestão do negócio, seus produtos e mercados e a fase de exportação em que se encontra a empresa.

O questionário gera um relatório, gratuito. De acordo com a maturidade, a empresa pode receber diferentes consultorias do Sebrae e ser convidada a participar do Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), da APEX Brasil.

O Peiex é um projeto que visa estimular a competitividade e qualificar indústrias iniciantes em comércio exterior. Há visitas de técnicos que avaliam e ajudam a implementar melhorias em diversas áreas, como prospecção de mercado internacionais, marketing, distribuição precificação, financiamento e envio de remessas. As empresas também são convidadas a participar de feiras, convenções e rodadas de negócios internacionais.

Em São Paulo, há três núcleos de atendimento a empreendedores. Um deles é mantido em parceria com a SP Negócios, agência de promoção de exportação e investimentos do município de São Paulo, e a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap).

De acordo com Silvana Gomes, gerente executiva da SP Negócios, o programa ajuda a empresa a criar um plano de exportação, que envolve uma análise interna e do mercado internacional, adequação de produtos e serviços, precificação e negociação com estrangeiros. Ela revelou que em 2017, o município exportou US$ 8 bilhões. Em 2018, a estimativa é otimista. No primeiro quadrimestre, houve crescimento de 70% no volume de vendas internacionais.

 

Produtos e distribuição

Uma das barreiras que afastam empreendedores da exportação é a adequação de produtos e embalagens para o consumidor estrangeiro. Com frequência, os países compradores adotam normas e regulamentações para garantir padrão de qualidade, segurança e proteção à saúde ao meio ambiente. O lado positivo é que o governo paulista possui uma parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para subsidiar adequações de produtos para exportação.

Com foco em micro, pequenas e médias empresas, o IPT oferece o PROGEX, programa de melhorias de qualidade de produto e processos produtivos, redução de custos e qualificação para obtenção de seles e marcações internacionais.

Outra dica é o Exporta Fácil, dos Correios, sistema de logística simplificado permite que empresas e até pessoas físicas, como artesãos, envie produtos para 217 países. O serviço possui fretes tabelados em reais (o que evita custos mudanças cambiais) e realiza automaticamente o registro da exportação, entre outros documentos, junto a Receita Federal.

 

Leia conteúdo na íntegra aqui.

 

Fonte: Diário do Comércio

tags: empreendedorismo, exportação

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