05 Mar 2015 | HRS

Número de empreendedoras que empregam cresce 13% no estado de São Paulo


 Em dez anos, a quantidade de mulheres que geram emprego e renda cresceu mais do que a de homens. SP tem o maior número de mulheres empregadoras 

O empreendedorismo feminino ganha força na economia brasileira e paulista, em um cenário em que as mulheres não se destacam apenas como donas de seus próprios negócios, mas também como geradoras de postos de trabalho. Último levantamento do Sebrae mostra que em uma década (2002/ 2012), o total de empregadoras aumentou 19% no Brasil. No estado de São Paulo, o número de empregadoras cresceu 13% no mesmo período, mais que o dobro da evolução de homens empregadores, que aumentou 5,4%.

Segundo o estudo Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, elaborado pelo Sebrae em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o país conta com 3,62 milhões de empregadores, dos quais 1,05 milhão (29%) são mulheres. Em uma década, o número de empregadoras no país cresceu 19%, enquanto entre os homens esse aumento foi de apenas 3%. Na média, o crescimento do número de empregadores - homens e mulheres - foi de 7%. 

“As mulheres estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho e também é forte a tendência de escolherem o empreendedorismo como forma de inserção na atividade produtiva, gerando riqueza, além de mais empregos e renda em todo o estado”, diz o diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano. 

“Tivemos um aumento de 66 mil empregadores em São Paulo no período analisado pela pesquisa, com grande destaque nos empreendimentos comandados por mulheres. São Paulo é o estado brasileiro com maior número de mulheres empregadoras, que chegou a 276 mil em 2012. Isso representa 30% do total de 934 mil empregadores paulistas, mostrando que o estado também tem uma participação relativa de empregadoras acima da média registrada no país”, completa. 

Estímulo às empreendedoras

Como incentivo ao empreendedorismo feminino, o Sebrae criou uma premiação especialmente para que empreendedoras contem suas histórias e compartilhem experiências. Promovido desde 2004, o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios é uma parceira entre Sebrae, Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais do Brasil (BPW Brasil) e Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). Mais informações no site

https://www.mulherdenegocios.sebrae.com.br/

Informações complementares

As mulheres representam 52% da população do estado de São Paulo, 44% das pessoas no mercado de trabalho (que tem ou procuram uma ocupação) e 33% dos empresários (donos de empreendimentos com CNPJ).

As mulheres empresárias paulistas têm as seguintes características:

- Setor de atividade: há uma concentração relativa de mulheres no setor de serviços; 39% das mulheres estão no setor de serviços, ante 25% dos homens;

- Escolaridade:  As mulheres empresárias são mais escolarizadas que os homens empresários. 37% das mulheres possuem ensino superior completo ou mais, ante 31% dos homens empresários. Por outro lado, 12% das mulheres têm até o ensino fundamental incompleto, ante 19% dos homens.

- Faixa etária: há uma concentração de mulheres empresárias nas faixas etárias de 35 a 64 anos  (70%) e 25 a 34 anos (21%);

- Local de trabalho: As mulheres (80%) e os homens (79%) trabalham principalmente em local específico para a empresa (loja, oficina fábrica ou escritório). Há uma participação relativamente maior de mulheres que empreendem no domicílio onde moram (12%) do que homens (6%).

- Carga de trabalho semanal: 31% das mulheres trabalham de 40 a 44 horas por semana na empresa; 30% trabalham 49 horas por semana ou mais. Os homens empresários têm uma carga de trabalho na empresa relativamente maior: 41% trabalham 49 horas por semana ou mais e 35% trabalham de 40 a 44 horas semanais.

Voltar